Antes existiam 03 postagens nesta blog esfera dedicada especialmente ao Grande Mestre Mitsuyo Maeda, o Conde Koma, então para condensar todas as informações num só local, resolvi criar esta página, espero que gostem e boa leitura.
1ª PARTE
A História de Mitsuyu Maeda "Conde Koma"
Mitsuyo Maeda (18 de novembro de 1878, Hirosaki/Japãp - 28 de novembro de 1941, Belém/Brasil), foi um grande judoka japonês naturalizado brasileiro como Otávio Mitsuyu Maeda, ele também era conhecido como Conde Koma, apelido que ganhou em 1908 na Espanha.
Junto com Antonio Soishiro Satake, outro japonês naturalizado brasileiro, foi pioneiro do Judô em países como Brasil e Reino Unido e outros.
Junto com Antonio Soishiro Satake, outro japonês naturalizado brasileiro, foi pioneiro do Judô em países como Brasil e Reino Unido e outros.
Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do Jiu Jitsu Brasileiro através do seu ensino à família Gracie. Ele também era um promotor da emigração japonesa ao Brasil. Maeda ganhou aproximadamente mais de 2.000 lutas profissionais em sua carreira. Suas realizações levaram-no a ser chamado de "o homem mais forte que já viveu" e é referido como o pai do Jiu Jitsu Brasileiro.
Maeda nasceu na povoação de Funazawa, cidade de Hirosaki, província Aomori no Japão em 18 de novembro de 1878. Ele frequentou a escola Kenritsu Itiu (atual Hirokou - uma escola de Hirosaki).
Quando criança ele era conhecido como Hideyo, praticou Sumô, mas devido a sua baixa estatura (1,64) e seu pouco peso (64kg) teve o seu desenvolvimento comprometido para este estilo de arte marcial, devido a isso, e devido ao interesse gerado pelas notícias sobre o sucesso do judô, principalmente nas competições entre Judô e Jiu Jitsu, onde na maioria das vezes o o Judô ganhava que estavam ocorrendo naquela época, ele então mudou para esse esporte. Em 1894, aos 17 anos de idade, seus pais lhe enviaram a Tóquio, para ele se matricular na Universidade de Waseda. Ele entrou no judô da Kodokan no ano seguinte.
A FOTO AO LADO - MAEDA (À ESQUERDA) COM O PROFESSOR KANO.
Ao chegar no Kodokan, Maeda, com 164 centímetros de altura e 64 kg, foi confundido com um garoto de entrega, devido a sua origem, tamanho e maneira que com se comportava. Então, o fundador do Judô, Jigoro Kano, prontamente lhe enviou a Tsunejiro Tomita (4º dan), que era o menor dos professores da Kodokan. Essa atitude foi uma medida tomada para mostrar que, no Judô, o tamanho não era importante.
Satake, mais tarde, viajou a América do Sul com Maeda e se estabeleceram em Manaus / Amazonas, enquanto Maeda continuou viajando. Satake se tornaria o fundador, em 1914, da primeira academia historicamente registrada no Brasil. Ele e Maeda são considerados os pioneiros do Judô no Brasil.
Foto ao lado: Soishiro Tatake
Em 20 de dezembro de 1915, chegaram a Belém, onde se apresentaram no Theatro Politheama. Na ocasião da primeira apresentação em Belém, o jornal da cidade "O Tempo", anunciou o evento, afirmando que "Conde Koma" iria mostrar as principais técnicas do "jiu-jitsu", exceto aqueles proibidos. Maeda também demonstrou técnicas de auto-defesa. Depois disso, o grupo começou a aceitar desafios da multidão, e a pedido de todos, houve uma luta "sensacional" de "jiu-jitsu" entre Shimitsu, campeão da Argentina, e Laku, militar peruano e professor.
Em 1917 Carlos Gracie, 14 anos, filho de Gastão Gracie, assistiu a uma demonstração dada por Maeda, noTeatro da Paz, e decidiu aprender "jiu-jitsu" (conhecido na época como "kano jiu-jitsu"). Maeda aceitou Carlos como um estudante. Carlos passou, então, a ser um grande expoente da arte e, finalmente, com o seu irmão mais novo, Hélio Gracie, tornou-se o fundadores do gracie jiu-jitsu, ou modernamente chamado de "brazilian jiu jitsu" ou, "jiu-jitsu brasileiro".
De acordo com o livro de Renzo Gracie, Mastering Jujitsu, Maeda ensinou, não só a arte do judo a Carlos Gracie, mas também, ensinou uma filosofia acerca da natureza do combate, baseado em suas viagens competindo e treinando ao lado dos muitos lutadores, pugilistas, e outros praticantes de outras artes marciais que enfrentara. O livro mostra detalhes da teoria de Maeda, de que o combate físico poderia ser dividido em fases distintas. Assim, Maeda foi um lutador inteligente, que soube manter a luta, localizado a fase em que melhor se adequasse suas próprias forças. O livro, também declara, ainda, que esta teoria foi uma influência fundamental sobre as abordagens de combate do jiu-jitsu desenvolvido pelos Gracie.
BIOGRAFIA
Quando criança ele era conhecido como Hideyo, praticou Sumô, mas devido a sua baixa estatura (1,64) e seu pouco peso (64kg) teve o seu desenvolvimento comprometido para este estilo de arte marcial, devido a isso, e devido ao interesse gerado pelas notícias sobre o sucesso do judô, principalmente nas competições entre Judô e Jiu Jitsu, onde na maioria das vezes o o Judô ganhava que estavam ocorrendo naquela época, ele então mudou para esse esporte. Em 1894, aos 17 anos de idade, seus pais lhe enviaram a Tóquio, para ele se matricular na Universidade de Waseda. Ele entrou no judô da Kodokan no ano seguinte.
A FOTO AO LADO - MAEDA (À ESQUERDA) COM O PROFESSOR KANO.
KODOKAN
Ao chegar no Kodokan, Maeda, com 164 centímetros de altura e 64 kg, foi confundido com um garoto de entrega, devido a sua origem, tamanho e maneira que com se comportava. Então, o fundador do Judô, Jigoro Kano, prontamente lhe enviou a Tsunejiro Tomita (4º dan), que era o menor dos professores da Kodokan. Essa atitude foi uma medida tomada para mostrar que, no Judô, o tamanho não era importante.
Entrada da Academia Kodokan - Japão
Ao chegar na Kodokan, Maeda, com 1,64 centímetros de altura e 64 kilos, foi confundido com um garoto de entrada, devido a sua origem, tamanho e maneira que se comportava. Então, o fundador do Judô, Mestre Jigoro Kano, prontamente lhe enviou a Tsunejiro Tomita (faixa preta de Judô 4º dan), que era o menor dos professores da Kodokan. Essa atitude foi uma medida tomada para mostrar que no Judô o tamanho não importava.
Mestre Jigoro Kano - fundador do Judô
O sensei Tomita foi o primeiro judoca da Kodokan e era um amigo próximo de Jigoro Kano. Segundo a Koyassu Massao (9 º dan):
"Entre os quatro Kodokan, foi Tomita que recebeu a maior quantidade dos ensinamentos do Sensei Jigoro Kano ... isso por que Tomita não foi um tão bem sucedido lutador como Saigo, Yamashita e Yokoyama, mas, foi excepcionalmente aplicado nos estudos, e foi também fluente em língua inglesa..."
Mestre Tsunejiro Tomita
Embora um dos mais fracos da Kodokan, Tomita era capaz de derrotar o grande campeão de jiu-jitsu desse tempo, Hansuke Nakamura, do estilo tenijin shinyo-ryu.
Juntamente com Soishiro Satake, Maeda foi um dos que encabeçaram a segunda geração da Kodokan, que substituiu a primeira até o início do século XX. Satake, com 1,75 cm e 80 kg, era inigualável no sumô amador, mas admitiu que ele próprio não foi capaz de igualar a Maeda no judô.
Satake, mais tarde, viajou a América do Sul com Maeda e se estabeleceram em Manaus / Amazonas, enquanto Maeda continuou viajando. Satake se tornaria o fundador, em 1914, da primeira academia historicamente registrada no Brasil. Ele e Maeda são considerados os pioneiros do Judô no Brasil.
Foto ao lado: Soishiro Tatake
Naquela época, havia poucos graduados na Kodokan. Maeda e Satake foram os primeiros professores graduados na Universidade de Waseda, ambos sandan (3º dan), juntamente com Matsuhiro Ritaro (nidan ou 2º dan) e seis outros shodans.(1º dan). Kyuzo Mifune, matriculado no Kodokan em 1903, atraiu a atenção de Maeda, que comentou: "você é forte e competente, portanto, certamente vai deixar a sua marca no Kodokan ...". No entanto, Mifune teve aulas com Sakujiro Yokoyama. Mais tarde, Mifune disse a Maeda que suas palavras foram fundamentais e de um grande incentivo para ele, e que ele tinha Maeda como a maior admiração, embora Yokoyama fosse seu sensei (instrutor).
Kyuzo Mifune (lado direito)
De acordo com Mifune, em 1904, Maeda perdeu para Yoshitake Yoshio, depois de derrotar três adversários em sucessão, mas em uma sequência tsukinami shiai derrotou oito adversários em seguida e recebeu a categoria de 4º dan (yondan).
Mifune, afirmou que Maeda foi um dos maiores promotores do judô, não através de ensinamentos, mas através de seus combates, muitos destes, com competidores de outras disciplinas.
Maeda tratava alunos experientes e inexperientes, da mesma forma, tratando-os como se fosse um combate real. Ele argumentou que esse comportamento era uma medida de respeito para com seus alunos, mas foi muitas vezes incompreendido e assustou muitos jovens, que o abandonavam em favor de outros professores.
PRELÚDIO DA EXPANSÃO DA KODOKAN
PARA O MUNDO
Em 1879, Ulisses S. Grant, o ex-presidente dos Estados Unidos, foi para o Japão. Ainda em Tóquio, ele assistiu a uma apresentação de jiu-jitsu na casa de Shibusawa Eiichi, em Asukayama. Jigoro Kano foi um dos presentes. Nessa época, o judô já era mencionado na Europa e na América do Norte, e estrangeiros com conhecimentos duvidosos com base em fontes pobres (livros obscuros e papéis).
O judô e o jiu-jitsu, ainda não eram considerados disciplinas distintas, nessa época, e mesmo muitos anos após a formação da Kodokan, ambos foram muitas vezes considerados como a mesma arte marcial. Até 1925 não havia uma forte diferenciação dos nomes no Japão, e essa diferenciação só foi completada por volta de 1950.
Em 1903, um professor sênior da Kodokan, Yoshiaki Yamashita, viajou para os Estados Unidos a pedido do empresário americano de Seattle, Sam Hill. Em Washington D.C., Yamashita teve vários alunos incluindo Theodore Roosevelt e outros proeminentes alunos americanos. Por pedido do presidente americano, na época, Theodore Roosevelt, Yamashita também ensinou judô na Academia Naval do Estados Unidos. Apreciando a boa publicidade, foi solicitada a Kodokan para enviar mais professores para a América, dando assim continuidade ao trabalho de Yamashita. Mas o sensei Tomita relutou em aceitar a tarefa, enquanto, os senseis Maeda e Satake logo aceitaram a oportunidade.
Yoshiaki Yamashita
CARREIRA DE MITSUYU MAEDA
Tomita, Maeda e Satake navegaram de Yokohama em 16 de novembro de 1904 e chegaram a Nova York no dia 8 de dezembro de 1904.
No início de 1905, Tomita e Maeda deram várias demonstrações públicas de judô. Em 17 de fevereiro de 1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração na Universidade de Princeton. Maeda venceu N.B. Tooker, um jogador de futebol da universidade, enquanto Tomita vencia Samuel Feagles, um professor do ginásio de Princeton. Em 21 de fevereiro de 1905, eles deram uma demonstração de judô na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point. Tomita e Maeda realizaram o kata, nage-no-kata, koshiki-no-kata e ju-no kata, entre outros. A pedido da multidão, Maeda lutou contra um cadete e o venceu facilmente. Como Tomita havia sido quem executou os katas, os soldados queriam lutar com ele também. Ele primeiramente enfrentou Charles Daly, a quem venceu sem quaisquer problemas. No entanto, na luta seguinte, Tomita falhou duas vezes ao tentar derrubar o soldado Tipton, que também era jogador de futebol americano, com um golpe chamado tomoe-nage. Tomita era muito menor, por isso os japoneses reivindicaram uma vitória moral.
No início de 1905, Tomita e Maeda deram várias demonstrações públicas de judô. Em 17 de fevereiro de 1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração na Universidade de Princeton. Maeda venceu N.B. Tooker, um jogador de futebol da universidade, enquanto Tomita vencia Samuel Feagles, um professor do ginásio de Princeton. Em 21 de fevereiro de 1905, eles deram uma demonstração de judô na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point. Tomita e Maeda realizaram o kata, nage-no-kata, koshiki-no-kata e ju-no kata, entre outros. A pedido da multidão, Maeda lutou contra um cadete e o venceu facilmente. Como Tomita havia sido quem executou os katas, os soldados queriam lutar com ele também. Ele primeiramente enfrentou Charles Daly, a quem venceu sem quaisquer problemas. No entanto, na luta seguinte, Tomita falhou duas vezes ao tentar derrubar o soldado Tipton, que também era jogador de futebol americano, com um golpe chamado tomoe-nage. Tomita era muito menor, por isso os japoneses reivindicaram uma vitória moral.
Um relato fornecido pelo New York em 21 de fevereiro referindo-se a Tomita como "Prof. Tomet", afirma que:
"O professor (Tomita) lutou com seu assistente, atirando-o como se fosse uma borracha. Ele então chamou os voluntários entre os cadetes. Tipton, o robusto cadete era praticantes de futebol americano, subiu no tatame e logo os métodos do futebol derrotaram os do jiu jitsu. O grandalhão prendeu o resistente japonês de costas para o chão três vezes em ser derrubado (na tarefa). O cadete Daly também derrubou o professor"
Sensei Tomita (no solo)
Tomita e Maeda continuaram a apresentar o judô pela América. Em 8 de março de 1905, se apresentaram no New York Athletic Club. "O melhor golpe deles era uma espécie de 'estrela voadora'", dizia um artigo no New York Times, descrevendo a luta entre Maeda e John Naething, um lutador de 200 libras.
"Por causa da diferença de métodos, os dois homens rolaram no tatame como se fossem adolescentes em uma briga de rua. Após quinze minutos de luta, Maeda conseguiu a primeira queda [primeiro ponto]. No final, porém, Naething venceu a luta por imobilização [ou por pin fall mesmo]", continua o artigo no New York Times.
Em 21 de março de1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração de "jiu-do" na Universidade de Columbia, onde participaram cerca de 200 pessoas. Após introduções e uma breve palestra, Tomita demonstrou técnicas de quedas e arremessos, enquanto Maeda, em seguida, derrotou o instrutor da universidade. De acordo com o jornal estudantil, "Outra característica interessante foi a exibição de alguns dos artifício obsoletos do jiu jitsu para a defesa utilizando um leque contra um oponente armado com uma espada curva japonesa". As traduções foram fornecidos pelo químico Takamine Jokichi.
"Por causa da diferença de métodos, os dois homens rolaram no tatame como se fossem adolescentes em uma briga de rua. Após quinze minutos de luta, Maeda conseguiu a primeira queda [primeiro ponto]. No final, porém, Naething venceu a luta por imobilização [ou por pin fall mesmo]", continua o artigo no New York Times.
Em 21 de março de1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração de "jiu-do" na Universidade de Columbia, onde participaram cerca de 200 pessoas. Após introduções e uma breve palestra, Tomita demonstrou técnicas de quedas e arremessos, enquanto Maeda, em seguida, derrotou o instrutor da universidade. De acordo com o jornal estudantil, "Outra característica interessante foi a exibição de alguns dos artifício obsoletos do jiu jitsu para a defesa utilizando um leque contra um oponente armado com uma espada curva japonesa". As traduções foram fornecidos pelo químico Takamine Jokichi.
Sensei Maeda, aplicando uma técnica de submissão
Durante abril de 1905, Tomita e Maeda criaram uma associação de judô, em um espaço comercial na 1947 da Broadway, em Nova York. Eram membros deste clube, japoneses, incluindo expatriados, e mais uma mulher chamada Wilma Berger. Em 6 de julho de 1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração de judô no YMCA em Newport, Rhode Island. Em 30 de setembro de 1905, Tomita e Maeda fizeram uma demonstração em Lockport, Nova Iorque. Na ocasião, Tomita foi desafiado por Mason Shimer, que não obteve sucesso diante ao japonês.
Em 6 de setembro de 1905, Maeda foi relatado visitando o lutador e professor Akitaro Ono, em Asheville, Carolina do Norte, após isso, Maeda já não era rotineiramente associado com Tomita nos jornais dos EUA. Em 18 de dezembro de 1905, Maeda foi para Atlanta, Geórgia, para um duelo profissional em Sam Marburger. O concurso foi melhor de três, duas quedas com judogi e uma sem, Maeda e venceu as duas com judogi, mas perdeu a sem. De acordo com os documentos de Atlanta, Maeda declarou a sua residência como sendo o YMCA em Selma, Alabamba.
Em 6 de setembro de 1905, Maeda foi relatado visitando o lutador e professor Akitaro Ono, em Asheville, Carolina do Norte, após isso, Maeda já não era rotineiramente associado com Tomita nos jornais dos EUA. Em 18 de dezembro de 1905, Maeda foi para Atlanta, Geórgia, para um duelo profissional em Sam Marburger. O concurso foi melhor de três, duas quedas com judogi e uma sem, Maeda e venceu as duas com judogi, mas perdeu a sem. De acordo com os documentos de Atlanta, Maeda declarou a sua residência como sendo o YMCA em Selma, Alabamba.
Sensei Maeda, aplicando uma técnica de submissão
EUROPA
Antes de viajar para a Europa, Maeda e Satake foram para Cuva, juntamente com os professores Akitaro Ono e Tokugoro Ito. Todos eles envolvidos em desafios e combates. Foi durante este tempo que Maeda derrotou Adobamond, o lutador "número um" de Cuba.
Em 8 de fevereiro de 1907, Maeda e Satake chegaram em Liverpoll na Inglaterra. Lá, juntaram-se com Akitaro Ono, que tinha ido a Londres para lutar em um salão de música para o promotor William Bankier. Akitaro usaria o local para demonstrações.
Em janeiro de 1908, Maeda participa de um torneio no Teatro Alhambra. Maeda foi vice-campeão na divisão peso pesado, perdendo para o austriaco Henry's Irslinger.
Em fevereiro de 1908, Maeda participou de outro torneio. Novamente, e ele, acabou novamente como vice-campeão, desta vez perdendo para Jimmy Esson. No entanto, em Março de 1908, Maeda venceu Henry Irslinger, e a revista inglesa Health & Strength descreveu a vitória como "um dos melhores duelos realizados na Inglaterra em muitos anos.". Maeda também parece ter feito algumas lutas na Escócia, durante o mês de setembro de 1908, mas não se sabe ao certo se ele esteve lá, porque vários japoneses foram dar demonstrações de judô e sumô nos Jogos do Norte em Inverness. Maeda também deu aulas de judô na Europa. Entre seus alunos, havia um homem chamado W.E. Steers que estava muito entusiasmado com as suas aulas, tendo mesmo indo para o Japão para ganhar aclassificação de shodan em 1912.
Em 1918, Steers foi um dos primeiros não-japoneses a aderir-se a associação de londrina de jiu-jitsu, chamada Budokwai, que em 1920 iria se juntar ao Kodokan para se tornar um clube de judô.
Sensei Maeda (Conde Koma) aplicando uma chave de braço - arm-lock
Após a luta com Henry Inslinger, em março de 1908, Maeda foi para a Bélgica. Como não gostou do país, ele logo retornou para Londres, e, em maio de 1908, participou de um torneio profissional no Hengler's Circus. Maeda, e outro japonês, Tano Matsuda, disputaram alguns torneios na Europa, mas nenhum deles chegou nas finais. Durante janeiro de 1909, Matsuda ficou famoso por perder uma luta mista para o boxeador afro-americano Sam McVey.
Maeda foi para a Espanha em junho de 1908. Ele foi acompanhado por Fujisake, Ono, e Hirano. Em Barcelona, Maeda participou de lutas contra Sadakazu Uyenishi e Taro Miyake. Phoebe Roberts, uma mulher de Gales, que foi anunciada como o campeã de judô feminino do mundo, fez parte da comitiva. Roberts casou posteriormente Hirano, e ficou em Portugal para o resto de sua vida.
Maeda (ao centro) com espadachins ocidentais
Esta foto provavelmente foi tirada na Alemanha
CONDE KOMA
Foi durante a viagem para a Península Ibérica, que Maeda adotou o nome artístico de Conde Koma. Existem muitas teorias explicando sua origem. Poderia ser uma alusão ao Komaru, que em japonês significa "incomodado", e forneceu uma referência irônica ao fato de sempre estar sem dinheiro. Maeda, certa vez, afirmou a um jornal europeu:
"Um influente cidadão espanhol, impressionado com as minhas vitórias, postura e comportamento, [...] me deu esse título, que em breve espalhados por toda parte em detrimento do meu nome verdadeiro [...]".
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Maeda gostava do nome, e começou a usá-lo para promover a sua arte, posteriormente.
CUBA, MÉXICO E AMERICA CENTRAL
Mitsuyo Maeda em Cuba
Em novembro de 1908, Maeda foi para Paris, Francça, aparentemente para ver o seu amigo Akitaro Ono. De Paris, ele foi para Havana, Cuba, chegando lá em 14 de dezembro de 1908, e seu ato de lutar duas vezes por dia, rapidamente provou ser muito popular. Em 23 de junho de 1909, Maeda deixou Havana indo para Cidade do Mexico. Sua estréia na Cidade do México teve lugar no Teatro Virgínia Fabregas, em 14 de julho de 1909. Esse show foi uma demonstração privada para alguns cadetes militares. Pouco tempo depois, Maeda começou a comparecer no Teatro Principal do México. Sua oferta permanente foi de 100 pesos (US $50) a quem ele jogasse, e 500 pesos (US $250) para quem o conseguisse vencer. O jornal mexicano Mexican Herald, não registrou ninguém que conseguir levar o seu dinheiro.
Durante o mês de setembro de 1909, um japonês chamado Nobu Taka, chegou na Cidade do México com o objetivo de impugnar Maeda. Para o Mexican Herald, Taka disse que aquela luta seria o "campeonato mundial de jiu-jitsu". Depois de vários meses de provocações públicas, Taka e Maeda reuniram-se no Teatro Colón, onde aconteceria o duelo, em 16 de novembro de 1909, terminou com a vitória de Taka. Mas, houve uma revanche imediata, e quatro dias mais tarde, Maeda foi pronunciado o campeão.
Em janeiro de 1910, Maeda participou de um torneio na Cidade do México. Durante as semifinais, Maeda empatou com Hjalmar Lundin. Este é um resultado diferente daquele que Lundin lembrou em suas memórias de 1937. Em julho de 1910, Maeda retornou a Cuba, onde ele tentou organizar lutas contra Frank Gotch e Jack Johnson. Os americanos o ignoraram, já que Maeda não tinha dinheiro suficiente para desafiá-los e eles perderiam muito dinheiro se fossem derrotados por ele. Em 23 de agosto de 1910, Maeda lutou contra Jack Connell em Havana. O resultado foi um empate. Durante 1911, Maeda e Satake, em Cuba, foram, acompanhados por Akitaro Ono e Ito Tokugoro, tidos como "Os Quatro Reis de Cuba". Orgulhosos com a reputação que estavam trazendo para o judô e o Japão, seus feitos foram reconhecidos, e em 8 de janeiro de 1912, a Kodokan promoveu Maeda ao quinto dan de faixa preta. Houve alguma resistência a esta decisão porque havia no Japão aqueles, que não aprovavam seu envolvimento no wrestling profissional.
Mitsuyo Maeda - Conde Koma
Em 1913, Ito Tokugoro permaneceu em Cuba, enquanto Maeda e Satake foram para El Salvador, Costa Rica, Honduras, Panamá, Colômbia, Equador e Peru. Em El Salvador, o presidente foi assassinado enquanto Maeda estava lá, e no Panamá, os americanos tentaram pagar-lhe para perder, em resposta, eles se deslocaram para o Sul. No Peru se reuniram a Laku, um japonês que ensinava jiu-jitsu aos militares. Laku os convidou a participar das aulas. Eles foram, então, ao Chile conhecer o sensei Okura, e posteriormente a Argentina, onde encontraram Shimitsu. O grupo partiu da Argentina para o Brasil, onde chegariam em 14 de novembro de 1914.
BRASIL
De acordo com uma cópia do passaporte de Maeda fornecido por Gotta Tsutsumi, presidente da Associação Paramazônica Nipako de Belém, Maeda chegou ao Brasil pela cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, em 14 de novembro de 1914. Foi na própria Porto Alegre que fizeram, então, sua primeira demonstração de judô. Depois disso, Maeda e seus companheiros se apresentaram ao longo do país: passando por Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, São Luiz, Belém. Em 18 de dezembro de 1915 em Manaus.
Em 22 de dezembro de 1915, de acordo com o jornal "O Tempo", Maeda enfrentou Satake, numa "sensacional luta". No mesmo dia, Nagib Assef, um campeão australiano de origem turca de luta greco-romana, desafiou Maeda, que não quis lutar na ocasião. Em 24 de dezembro de 1915, Maeda derrotou em segundos o pugilista Barbadiano Adolpho Corbiniano, que se tornou um dos seus discípulos. Em 3 de janeiro de 1916, no Theatro Politheama, Maeda finalmente lutou contra Nagib Assef, que foi jogado por Conde Koma, para fora do palco. Em 8 de janeiro de 1916, Maeda, Okura e Shimitsu embarcaram no SS Antony, que partiu para Liverpool. Ito Tokugoro foi para Los Angeles. Satake e Laku foram para Manaus, onde ensinariam jiu-jitsu. Após 15 anos juntos, Maeda e Satake haviam finalmente se separado. Desta última viagem, pouco se sabe. Maeda viajou da Inglaterra para Portugal, depois foi para Espanha e, em seguida, para França, voltando para o Brasil em 1917 sozinho. De volta ao Brasil, Maeda fixou-se em Belém do Pará, onde casou-se com May Iris. Depois adotou Celeste e Clívia, suas únicas filhas.
Maeda e sua família
Maeda era popular no Brasil, e reconhecido como um grande lutador, mas ele lutou apenas esporadicamente após o seu retorno. Entre os ano de 1918-1919, Maeda aceitou um desafio do famoso capoeirista brasileiro conhecido como "Pé de Bola". Maeda, permitiu até que Pé de Bola usasse uma faca na luta. O capoeirista, tinha 190 centímetros de altura e pesava 100 kg. Mas, mesmo armado, Maeda venceu a luta facilmente usando o judô. Em 1921, Maeda fundou sua primeira academia judô no Brasil. Era chamado Clube Remo, e sua construção foi num galpão de 4m x 4m. Mais tarde, a escola foi transferida para a sede do Corpo de Bombeiros, e depois para a sede da Igreja de Nossa Senhora de Aparecida. Desde 1991, a Academia situa-se no SESI, a saber, é dirigida pelo sensei Alfredo Mendes Coimbra, da terceira geração de descendentes do Conde Koma.
Em 18 de setembro de 1921, Maeda, Satake, e Okura foram brevemente para Nova York. Eles estavam a bordo do navio a vapor Booth Line SS Polycarp. Todos os três homens foram listados em suas profissões como professores de "juitso". Depois de deixar Nova York, os três homens foram para o Caribe, onde permaneceram de setembro a dezembro de 1921. Em algum ponto nesta viagem, Maeda foi acompanhado por sua esposa. Em Havana, Satake e Maeda participaram de alguns torneios. Seus adversários incluíram Paul Alvarez, que lutou como "Español Icognito". Alvarez derrotou Satake e Yako Okura, antes de ser derrotado por Maeda. Maeda também derrotou um boxeador cubano chamado Jose Ibarra, e um lutador francês chamado Fournier.
Primeiros alunos de Maeda no Brasil
ANOS SEGUINTES
Em maio de 1956, um memorial para Maeda foi erguido em Hirosaki, Japão. Cerimônia de inauguração contou com a presença de Risei Kano e Kaichiro Samura.]Na decada de 20 Maeda se envolveu na ajuda a imigrantes japoneses perto de Tomé-Açu, quando teve início o processo da imigração japonesa, participou ativamente do projeto servindo como intérprete e mediador do interesse japonês e do governo do estado.
Em dezembro de 1928 quando foi fundada em Belém a Companhia Nipônica de Plantações do Brasil S/A, fez parte da sua diretoria assumindo o cargo de conselheiro fiscal. Que foi parte de uma grande extensão da Floresta Amazônica reservada para o estabelecimento de japoneses pelo governo brasileiro.No inicio as lavouras cultivadas pelos japoneses não eram populares entre os brasileiros, na época, a colônia de imigrantes japoneses foi vista pelos antinipônicos como estratégia do Império do Japão em utilizar seus imigrantes instalados em "verdadeiros latifúndios" para promover, no futuro, o domínio político e militar sobre o Brasil.
Em maio de 1927, naturalizou como cidadão brasileiro. Maeda continuou também a ensinar o judô, principalmente para os filhos dos imigrantes japoneses. Consequentemente, em 1929, o Kodokan lhe promoveu ao sexto dan. E em 27 de novembro de 1941, ao sétimo dan(póstumo). Mas Maeda nunca soube desta promoção, porque faleceu em Belém, em 28 de novembro de 1941. A causa da morte foi doença renal, sendo sepultado no cemitério Santa Isabel.
MITSUYO MAEDA (CONDE KOMA)
* 1880 +1941
CONDE KOMA
SUA INFLUÊNCIA SOBRE A CRIAÇÃO DO JIU-JITSU BRASILEIRO
Carlos Gracie
Carlos Gracie aplicando uma chave de braço
Em 1921, Gastão Gracie mudou-se para o Rio de Janeiro com a família. Carlos, então com 17 anos, passou os ensinamentos recebidos de Maeda a seus irmãos: Osvaldo, Gastão e Jorge. Hélio era demasiado jovem e doente naquele momento para aprender a arte, e devido à imposição médica foi proibida de tomar parte em sessões de treinamento. Apesar disso, Hélio aprendeu judô posteriormente, com seus irmãos, logo após ter superando seus problemas de saúde e hoje é considerado por muitos como o fundador do brazilian jiu-jitsu (embora outros, como Carlson Gracie, têm apontado Carlos como o fundador).
Carlos Gracie aplicando uma projeção
De acordo com o livro de Renzo Gracie, Mastering Jujitsu, Maeda ensinou, não só a arte do judo a Carlos Gracie, mas também, ensinou uma filosofia acerca da natureza do combate, baseado em suas viagens competindo e treinando ao lado dos muitos lutadores, pugilistas, e outros praticantes de outras artes marciais que enfrentara. O livro mostra detalhes da teoria de Maeda, de que o combate físico poderia ser dividido em fases distintas. Assim, Maeda foi um lutador inteligente, que soube manter a luta, localizado a fase em que melhor se adequasse suas próprias forças. O livro, também declara, ainda, que esta teoria foi uma influência fundamental sobre as abordagens de combate do jiu-jitsu desenvolvido pelos Gracie.
Carlos Gracie, Hélio Gracie, Rickson Gracie e Royce Gracie
(os dois últimos filho de Hélio Gracie)
VÍDEO
MITSUYU MAEDA: THE ORIGIN OF BJJ
2ª PARTE
Mitsuyu Maeda - Curiosidades
Mitsuyu Maeda - Curiosidades
Esta postagem é segmento da postagem anterior: A História de Mitsuyu Maeda "Conde Koma", ela mostrará algumas curiosidades a respeito do jiu jitsu brasileiro e do próprio judô, trazendo alguns fatos reais que muitas vezes nas academias de jiu jitsu ou judô não são passados de maneira equivocadas para o praticante e que por muito tempo criou-se várias estórias que somente poderemos obter a veracidade das mesmas através da pesquisa e leitura de livros e artigos elaborados por pessoas comprometidas com a verdade e de postura ética.
Muitos que lerem o que se segue abaixo ficará perplexo pelo fato de passarem tanto tempo ouvindo coisas irreais dos seus professores (que na verdade não tem culpa alguma, pois essas estórias foram passadas a eles pelos seus professores, que receberam os ensinamentos de outros que antecederam e assim sucessivamente).
Sei que para muitos esse tópico irá gerar polêmica, principalmente para praticante de jiu jitsu que não querem atrelar a arte suave ao judô e vice versa, mas uma coisa não pode ser negada, o judô aprendido e ensinado por Maeda não é o mesmo praticado hoje.
Mesmo hoje sabendo a verdade, ainda muito tem que se descobrir e aprender muito, afinal não procurar conhecer a história do passado é renegar as suas origens no presente.
Quando Maeda, Satake e sua troupe de lutadores japoneses chegaram ao Brasil em 1914, todos os jornais anunciaram “jiu-jitsu” apesar dos dois serem judocas do Kodokan.
O aluno era faixa branca, o instrutor faixa azul escuro e o mestre, azul clara. Hélio e Carlos usavam faixas azul clara, só depois de um tempo é que Hélio e Carlos começaram a usar faixas superiores... em 1967, foi fundada a Federação de Jiu-Jitsu do Brasil. Foram regulamentadas as ordens das faixas de graduação: branca, azul, roxa, marrom e preta. As faixas amarela, laranja e verde, só eram concedidas para crianças.
Segundo alguns relatos, Maeda só teria graduado um tal Donato Pires, o mesmo teria estudado junto de Carlos Gracie...
A segunda biografia é do brasileiro Sensei Stanlei Virgilio, nela podemos descobrir um pouco da vida de Maeda no Brasil.
O Sensei Stanlei Virgilio, com mais de meio século de sua vida dedicada ao Judo, é autor de sete (07) excelentes livros sobre Judo ("Arte do Judo" - 1987, "A Arte e o Ensino do Judo" - 2000, "A Arte do Judo - Golpes Extra Gokio" - 1990, "Judo Defesa Pessoal" - 1994, "Mitsuyo Maeda - Conde Koma" - 2002, "História do Judo de Campinas" (1994) e "Personagens da História do Judo Brasileiro" - 2002) e um dos maiores conhecedores da filosofia, história, técnica e da arte do Judo.
Otávio Mitsuyo Maeda - O Conde Koma: Toda a história desta figura imortal do nosso Judo e da história da expansão e consolidação dessa nobre arte fora do Japão, narrada em 104 páginas. Este que foi o maior divulgador desta nossa arte nas Américas e na Europa. Mais de mil combates sem derrota; herói da imigração japonesa no norte do nosso país. Uma história absolutamente verídica, e que, por certo ficará gravada na memória do leitor.
Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do Jiu-Jitsu brasileiro através de seu ensino a Família Gracie. Ele era também um promotor da emigração japonesa ao Brasil. Maeda ganhou mais de 2000 lutas profissionais em sua carreira. Suas realizações levaram-no a ser chamado de "O homem mais durão que já existiu", e é referido como o pai do Jiu-Jitsu brasileiro e pró-MMA.
FONTE:
ACADEMIA BLACK PANTER
http://www.blackpanter.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26&Itemid=55
JUDÔ TRADICIONAL GOSHINJUTSUKAN
http://judotradicionalgoshinjutsukan.blogspot.com.br/
Quando Maeda, Satake e sua troupe de lutadores japoneses chegaram ao Brasil em 1914, todos os jornais anunciaram “jiu-jitsu” apesar dos dois serem judocas do Kodokan.
Em 1921, Maeda fundou sua primeira academia Judô no Brasil. Era chamado Clube Remo, e sua construção foi num galpão de 4m x 4m. Mais tarde, a escola foi transferida para a sede do Corpo de Bombeiros, e depois para a sede da Igreja de Nossa Senhora de Aparecida.
Desde 1991, a Academia era situada no SESI, e dirigida pelo Sensei Alfredo Mendes Coimbra, da terceira geração de descendentes do Conde Koma.
SOBRE A GRADUAÇÃO DE CARLOS GRACIE E HÉLIO GRACIE E DEMAIS IRMÃOS GRACIE
Maeda não graduou nenhum deles, no começo eles usavam faixas azuis...para não se confundir com o Judô, não havia graduações de faixa.
O aluno era faixa branca, o instrutor faixa azul escuro e o mestre, azul clara. Hélio e Carlos usavam faixas azul clara, só depois de um tempo é que Hélio e Carlos começaram a usar faixas superiores... em 1967, foi fundada a Federação de Jiu-Jitsu do Brasil. Foram regulamentadas as ordens das faixas de graduação: branca, azul, roxa, marrom e preta. As faixas amarela, laranja e verde, só eram concedidas para crianças.
Segundo alguns relatos, Maeda só teria graduado um tal Donato Pires, o mesmo teria estudado junto de Carlos Gracie...
TEORIA DA ALAVANCA
Sobre a teoria da "alavanca", em que judocas usavam muita força e o Hélio franzino teria criado alavancas que revolucionaram o ne-waza, se observár-mos as fitas do Kosen judo, nela existem dois velhos fazendo movimentos de guarda De La Riva, Muito antes do próprio De La Riva, esses dois velhos japoneses são antigos como a criação do mundo, demonstrando a mesma técnica nestas fitas e fazendo raspagens d onde você pega a chave de bíceps, com seu queixo sobre a barriga dele, rola o oponente para finalizar na chave de bíceps de cima. Inacreditável !!! Eles faziam tudo isso com toda suavidade e técnica de um Roger Gracie da vida, lembre-se que os caras pareciam velhos, então todo o lixo dito sobre judocas usando muita força é jogado por terra...
ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTAS
QUE FORAM OMITIDAS OU DISTORCIDAS
Será verdade ou é mais uma maneira de manipular para dar afirmação a mantiras contadas no passado, vamos lá...
1 - Por que raios os "JUDOKAS PIONEIROS" não falavam que ensinavam Judô, diziam que ensinavam Jiu Jitsu? Somente depois adotaram o nome Judô?
S I M P L E S :
Quando Maeda deixou o Japão, o Judô era ainda conhecido como “Kano Ju-Jutsu ou ainda, mais genericamente apenas “Ju-Jutsu”.
Kigashi, o co-autor de “Kano Ju-Jutsu”, escreveu o prólogo:
“Alguma confusão surgiu com o emprego do termo “judo”. Para esclarecer, vou declarar que judo é o termo selecionado pelo Professor Kano para descrever seu sistema mais precisamente que Ju-Jutsu. Professor Kano é um dos líderes da educação no Japão. E é natural que ele deva velar pela palavra técnica que mais precisamente descreva seu sistema. Mas os japoneses geralmente ainda chamam pela popular nomeclatura Ju-Jutsu”.
2 - E por que não diziam que ensinavam "KANO JUJUTSU" e afirmavam ensinar apenas Jiu Jitsu?
S I M P L E S : pelo mesmo "raio" da primeira pergunta..
Nessa época o judô começava a ser introduzido em quase todas as nações civilizadas do mundo, todavia, no ocidente o termo Ju-jutsu ainda era empregado, embora o nome Jigoro Kano fosse citado. Este fato técnico afetava o modo de se usar os termos "judô" e "Jiu-jitsu", naturalmente. O que Jigoro Kano promovia no Kodokan era percebido por todos como sendo Ju-jutsu, e o termo "Ju-jutsu" era aplicado à prática do Kodokan. Muitos textos inclusive,chamavam aquela prática de "Kano Ju-jutsu".
Jigor Kano e seus alunos, entre 1890 e 1904, usavam muito o termo "Ju-jutsu" para a prática do Kodokan. Tudo era uma questão de ênfase e de contexto.
Preferiram "Judô", somente quando queriam falar da parte filosófica e educativa. Mas usavam "Ju-jutsu', quando falavam da parte puramente técnico-combativa.
O governo japonês não se pronunciou sobre tal distinção até 1925 quando estabeleceu que o nome correto da luta a ser ensinada nas escolas públicas no Japão deveria ser “Judô” e não “Ju-jutsu. No Brasil, a arte ainda é conhecida como “Jiu-jitsu”.
a confusão é feita devido a falta de estudo ou falta de informação dos praticantes das duas artes...
3 - Se eles não praticaram JU JUTSU, por que divulgar algo que apenas tinham ouvido falar, se treinaram a vida toda JUDÔ ?
S I M P L E S :
Tem a ver com as duas primeiras perguntas, era uma questão de contexto, o judo é uma união de várias escolas de jujutsu e luta livre ocidental, era tido como jujutsu no começo, um ryu moderno, kano só realmente mudou o nome para judo para diferênciar sua escola das demais...
4 - Será que foram desonestos ensinando algo que não praticaram, o JIU JITSU ?
Foi só nos anos 40 que os praticantes do Brasil e em outros países começaram a usar o termo "Judô" de modo definitivo. Os Gracie, que resistiram a todas estas tendências, preservaram o termo dos tempos de Maeda, ou seja,"Ju-jutsu” .
No Brasil, temos o hábito de fazer referência "ao" Ju-jutsu, como se fosse um único sistema de luta.
Segundo pesquisadores, não se trata de um sistema, mas de diversos sistemas de luta herdados do Japão Feudal. Justamente pelo Japão da época estar dividido em feudos, cada qual com suas atividades militares particulares, havia uma pluralidade de sistemas.
O Ju-jutsu seria, então, conforme estudos, o termo geral para qualquer tipo de sistema de treinamento técnico para o combate desarmado, ou com armamento mínimo. Assim, também encontraremos diversos sistemas e escolas de Ju-jutsu.
Ryu pode querer dizer escola ou sistema. Vale pelos dois, pois cada escola tem o seu sistema. E, conforme já mencionado, haviam várias, porque o Japão era militarmente dividido em clãs (ou "feudos", daí que dizemos "Japão Feudal").
Está estampado na capa do jornal dos sports datada de 3 de julho de 1931, reproduzida à página 62 do livro "a capoeiragem no Rio de Janeiro, primeiro ensaio-Sinhozinho e Rudolf Hermanny de André Luiz Lacê Lopes da Editora Europa. Na fotografia que ilustra o encarte tem uma foto de Jigoro Kano de bigode preto, fardado e cheio de medalhas.
À pág. 61 a íntegra da reportagem:
"O Sr. Gracie, acreditamos que por desconhecer as regras officiaes (sic), não interpretou fielmente o que elas ensinam, pois sua proposta está em desaccordo com o que determina o livro do professor Jigoro Kano, INSPETOR GERAL DAS ESCOLAS DE "JIU-JITSU" do Mikado, considerado a maior autoridade no assumpto(sic) em todo Japão."
Essa reportagem fala da recusa de Carlos Gracie de submeter-se à uma regra alegadamente emanada da "Instituição que controlava o "jiujitsu" no mundo", Kodokan de considerar vencedor quem tivesse as espáduas em contato com o solo por dois segundos, que teria sido exigência de adversários capoeiristas num desafio de Gracies vs lutadores avulsos no ano da graça de 1931.
Quando Kimura, Kato e Yamaguchi estiveram no Brasil em 1951 os jornais noticiaram que os campeôes mundiais de "jiujitsu" estavam no Brasil. Antes da década de 50 você dificilmente encontra referência à palavra judô no Brasil. A partir daí vai aparecendo associada ao esporte.
Kimura em sua biografia, "My judô" fala de ter sido desafiado no Brasil por um professor de "judô" em 1951...quem sera esse professor de "judô" em 1951???
Foto ao lado esquerdo: Masahiko Kimura, com 24 anos.
Kimura também responde:
"Se fosse especialista somente em lutas de pé, provavelmente teria sofrido muito para derrotar Hélio Gracie, homemm que nunca desiste. Foi lá no Brasil, lutando contra Gracie, reconfirmei a importância da luta de chão" - Kimura, my judo 1969.
Kimura aplicando o Ude Garami em Hélio Gracie
Masahiko Kimura e Hélio Gracie após a luta. |
Kimura demonstrando o Ude-Garami, técnica do Judô que foi batizada com seu nome, no Jiu-Jitsu, após a vitória contra Hélio Gracie utilizando esta técnica.
3ª PARTE
LIVROS SOBRE MITSUYU MAEDA
Seguindo a postagem anterior a esta, sobre Mitsuyu Maeda, decidi colocar nesta, livros relacionados a vida dele, para aqueles praticantes, tanto de judô quanto de jiu jitsu, que querem se aprofundar mais na história do próprio Conde Koma, bem como na do Judô e Jiu Jitsu.
Observação: Para aqueles que ainda duvidam da origem marcial de Conde Koma, aí vai algumas boas biografias da vida desse nosso grande lutador.
A primeira biografia de Mitsuyo Maeda (Conde Koma), é de autoria de Norio Koyama. O livro se chama (em tradução livre) "O Sonho do Leão" e ganhou o prêmio de melhor livro de não-ficção da revista japonesa SAPIO.
SONHO DO LEÃO
A primeira biografia de Mitsuyo Maeda (Conde Koma), é de autoria de Norio Koyama. O livro se chama (em tradução livre) "O Sonho do Leão" e ganhou o prêmio de melhor livro de não-ficção da revista japonesa SAPIO.
O autor visitou os lugares em que Maeda esteve (USA, Brasil, Cuba, Espanha, Inglaterra e etc.), entrevistou os imigrantes que o conheceram, pesquisou seus documentos escolares, etc. Maeda nasceu em 1878 na província de Aomori (bem ao norte da ilha de Honshu) e não era de origem nobre como contam aqui no Brasil, tendo sido um estudante medíocre; ele chegou em Toquio com 17 para 18 anos (1894), onde iniciou seus treinos em artes marciais, sendo que o Kodokan possui o registro de sua matrícula desse mesmo ano.
O INVENCÍVEL YONDAM DA HISTORIA
A segunda biografia é do brasileiro Sensei Stanlei Virgilio, nela podemos descobrir um pouco da vida de Maeda no Brasil.
O Sensei Stanlei Virgilio, com mais de meio século de sua vida dedicada ao Judo, é autor de sete (07) excelentes livros sobre Judo ("Arte do Judo" - 1987, "A Arte e o Ensino do Judo" - 2000, "A Arte do Judo - Golpes Extra Gokio" - 1990, "Judo Defesa Pessoal" - 1994, "Mitsuyo Maeda - Conde Koma" - 2002, "História do Judo de Campinas" (1994) e "Personagens da História do Judo Brasileiro" - 2002) e um dos maiores conhecedores da filosofia, história, técnica e da arte do Judo.
Otávio Mitsuyo Maeda - O Conde Koma: Toda a história desta figura imortal do nosso Judo e da história da expansão e consolidação dessa nobre arte fora do Japão, narrada em 104 páginas. Este que foi o maior divulgador desta nossa arte nas Américas e na Europa. Mais de mil combates sem derrota; herói da imigração japonesa no norte do nosso país. Uma história absolutamente verídica, e que, por certo ficará gravada na memória do leitor.
A terceira biografia é uma versão em inglês, o livro fala sobre o pioneiro do Judô em países como Brasil e Reino Unido, entre outros.
Maeda foi fundamental para o desenvolvimento do Jiu-Jitsu brasileiro através de seu ensino a Família Gracie. Ele era também um promotor da emigração japonesa ao Brasil. Maeda ganhou mais de 2000 lutas profissionais em sua carreira. Suas realizações levaram-no a ser chamado de "O homem mais durão que já existiu", e é referido como o pai do Jiu-Jitsu brasileiro e pró-MMA.
A quarta biografia é o livro de 1915, JUDO KYOHAN, uma obra clássica do Kodonan, o autor é Sakujiro Yokoyama, um dos maiores judocas de todos os tempos, também foi professor de Maeda quando este estava no Kodokan.
No livro Maeda aparece em fotos demosntrando os benefícios físicos do treinamento de judô.
No livro Kodokan judô de Toshiro Daigo, fala sobre o diário de Maeda, nesse diário estariam as anotações dos combates de Maeda desde sua mocidade no Kodokan, um dos relatos mostra um combate de Maeda com Kano, o próprio Maeda descreve com suas palavras a maestria de Kano na aplicação do Uki-goshi.
"The diary of Mitsuyo Maeda, 7tH dan, who died abroad in Brazil 1941, refers to Master Kano's Uki-goshi. When I remember the feeling of being thown by Master Kano, I am overcome. Especially his uki-goshi, this technique was suprehuman feat. When you felt his hip touch you. It was just like the piont of a needle and you are already thorwn by then"
FONTE:
ACADEMIA BLACK PANTER
http://www.blackpanter.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26&Itemid=55
JUDÔ TRADICIONAL GOSHINJUTSUKAN
http://judotradicionalgoshinjutsukan.blogspot.com.br/
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